domingo, 25 de novembro de 2007
"A violência na Ilha do Amor"
De acordo com dados do levantamento realizado pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, em oito meses de pesquisas 123 homicídios foram praticados, a autoria desses crimes é de maioria do sexo masculino, 29% dos homicidas estão envolvidos com atos ilícitos, 9,23% são companheiros ou ex-companheiros das vítimas, 8.57% são parentes ou pessoas próximas (colegas) e 4,16% são policiais. Destaca-se ainda que 6,99% dos autores estão envolvidos com as denominadas “galeras” (são constituídas de jovens pobres dos bairros excluídos da grande São Luís, a quem são negados os direitos humanos e de cidadania, para quem liberdade, igualdade e justiça são apenas palavras sem significado)
E fazendo uma ‘base’ de todos os dados coletados percebe-se a facilidade que os crimes acontecem principalmente nos finais de semana, nas noitadas pela cidade mais como um ‘acerto de contas’ , talvez pela descrença na polícia e na eficácia das instituições que estão ai para solucionar os conflitos e punir.
Para ter uma superação dessa realidade é preciso ter uma inversão de prioridades, onde o objetivo maior seja a qualidade de vida, dignidade humana e moralização das instituições e acima de tudo educação.Foi lançada a proposta, queremos ver se a conquista será dos que sabem lutar por direitos dos cidadãos.
Para a violência não há fronteiras
Violência nunca foi novidade, nem entre as classes mais favorecidas nem entre as classes mais populares. Em todos os lugares a violência se manifesta, e o caso do Maranhão não é diferente.
Esse estado, sendo um dos mais pobres do Brasil ainda se encontra em um baixo nível de violência, uma vez que esta se manifesta de acordo com o "grau de urbanização" e desenvolvimento da região.
Observamos que esse problema está relacionado, na maioria das vezes, com as precárias condições da educação, com a má distribuição da renda, a marginalização das classes menos favorecidas da sociedade. Mas ocorre também, por conta da utilização de drogas lícitas e ilícitas. O que leva à reflexão sobre a legalização dessas substâncias que são tão perigosas, tanto para quem as consome como também para aqueles que convivem com os usuários.
É fato que a situação do Maranhão ainda é "privilegiada" em relação a de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, mas as autoridades precisam com certeza tomar medidas que, ao menos, reduzam os índices de violência, e nós como cidadãos temos o dever de cobrá-los.